Ouvindo uma triste história de amor percebi que minha dor de traição, de troca, de outra, é muito menor do que a dor do amor impossível, amor que não se vive porque há indecisão, insegurança, medo, amor que dói por existir e ter que se guardar no fundo de dois corações separados pela mera atração e dependência física de uns outros ou outras...
Medir dor, amor, medir sentimentos?
Não, isso não existe, o que escrevo aqui é apenas comparação que me faz concluir apenas, que a dor existente em meu coração ainda, só faz é rir de mim, por ainda pensar tanto, e sofrer tanto. Era de imagens de amor do meu antigo amor que eu precisava ver, para que a ficha caísse de vez, e que eu finalmente percebesse, quantas lágrimas e abraços falsos eu ganhei, além de "eu te amo" perdidos, e momentos de êxtase em que o corpo respondia por si só, e que o coração já não mais estava ali, naquele divino momento de prazer, em que ele era pra ser o que mais dava sentido ao que vivemos, mas infelizmente ele já estava em outra.
Se um dia, eu tiver que tomar uma decisão, está será Não, ao amor que morre aqui, nessas palavras, ao amor que eu me arrependo de ter me entregue tão intensamente, e ao amor, que por meras aventuras veraneias foi jogado ao mar. Para no fundo ficar, de onde tudo começou, com meu nome, com a paixão do mar por minha pessoa, e pela figura de linguagem em que eu acreditei muitas vezes que fosse um alguém, um alguém que deveria então ter se apaixonado por uma lagoa, e que não deveria ter me feito tão mal assim.
Esperança não vai ser então, a última a morrer, e sim a primeira. Pelo menos em meu coração, depois de tanta decepção. O sopro que apaga uma vela, não reacenderá mais para mim.
"tudo muda, tudo troca de lugar, o mundo gira, e bota tudo sempre no lugar."
Quando eu escrevo algo, acabo por perceber que muito do que escrevi não fazia sentido pra mim, e só depois então é que eu começo a ver como tudo àquilo que escrevo está presente na minha vida, na tua, na nossa, no mundo...
E prestes a viver uma nova mudança eu aqui não vejo outro assunto que me faça escrever algo.
Tempo? 365 dias? O que isso significa na vida de alguém?
Bom, temos mais de uma alternativa. Por um lado, isso significa algo de bom, porque é muito tempo para as pessoas simplesmente não viverem nada, não verem um sorriso, não sentirem um abraço, uma dor, um desejo... Ou podemos considerar que as diferentes fases da vida mudam independente de noite, dia, madrugada fria, de hora ou lugar. Então um ano, um mês ou um dia, simplesmente não significa nada, não se considerarmos os acontecimentos...
Mas já que tantas pessoas colocam aquela lingerie vermelha para atrair um novo amor, uma roupa branca para que o mundo no próximo ano tenha mais paz, ou aquela velha história de que amarelo vai lhe trazer dinheiro, eu aqui lhe peço caro leitor, aproveite então que acreditas tanto nessas meras superstições e a partir desse novo ano que começa para muitos em nosso mundo, simplesmente viva mais, cante, dance, reze, sonhe, realize seus sonhos, não chores; ao invés disso ria da sua própria dor, ela concerteza lhe trará algo de bom, ou se queres mesmo chorar, chore de emoção ao ver um amigo se formando, ou seus pais completando mais um ano de casamento, chore quando alguém lhe dizer um "eu te amo". Ame também, porque não? Se entregue de cabeça a novos amores, e viva-os com a maior intensidade que lhe for possível, porque pessoas e momentos vêm e vão, e mesmo que nada seja para sempre, não deixe de viver uma história por medo de que logo acabe; nada na vida é por um acaso, e essas histórias podem lhe ensinar muito, ou fazer você ensinar; porque ao mesmo tempo em que és aluno, és professor também. Nenhum ser humano é tão diferente por ser melhor ou pior, e sim porque tem o dever de ensinar ou fazer sentir algo distinto no outro ser...
Beije, abrace, mate teu desejo, sinta preguiça, passe uma tarde de sábado com seu amor de pernas para o ar, sem preocupações com tempo ou dinheiro. Dê o trabalho; trabalhe, crie algo, leia um livro, escreva um poema, ou simplesmente jogue um joguinho online. Cozinhe, queime um bife, se queime na cozinha, erre uma receita, jogue água em um amante. Durma quando não se é para fazê-lo, acorde quando achas que ainda não é tempo. Aproveite quem amas para pelo menos uma vez, dormir de conchinha, ou acordar com um beijo, um "eu te amo", acorde alguém dessa forma também. Ande à cavalo pelo menos uma vez, não tenha medo, alguém estará contigo. Nade nu, porque não? de loucuras construiremos nossa felicidade, então para que ser completamente "certo"? Faça amor, em um carro, no mar, na piscina, num sofá, num puf, crie seu lugar então, e simplesmente faça amor. Viaje, viaje muito, sem dinheiro, de moto, carro ou bicicleta, só viaje, convide seus amigos duros e o faça para que um dia no mais alto de sua longevidade você tenha assunto entre seus velhos amigos. Beije na chuva, beije debaixo d'água, seja criativo com seu amor, e o ame ainda mais por isso. Demonstre seus sentimentos com flores roubadas, um bombom, cócegas, ou uma música para os que podem. Aprenda a tocar ou cantar também, quem poderá lhe dizer que não és capaz? Quem decidirá isso será apenas você, se sua vontade não for o suficiente para tanto. Aproveite ao máximo sua capacidade inteligível, e crie tudo o que podes, mas principalmente viva o que podes, e o que não podes então?
Ensine teus filhos, netos ou sobrinhos a sonhar, e quem sabe um dia estes poderão viver o que não tivesse chance...
Não seja mais um nesse mundo, aproveite ao máximo o que ele lhe pode oferecer, saia voando, crie asas, saia da janela enfim, mesmo que nada seja fácil de conquistar, porque nada que não conseguires por fim, não valerá mais do que tua vontade de tentar, e o "valeu a pena" terá sentido, mesmo que não realizes o desejado.
Ana Carolina.
Texto baseado na música Saia da Janela de LendaQi.
E quem tem a coragem de enganar o outro ou a outra, é aquele que engana a si. Porque se este não consegue nem mesmo cumprir o que se foi prometido, mentir, omitir, e colocar pessoas inocentes como sendo "vilões"; como poderá então ser fiel a um outro ser? Pois então, eu lhe digo, não à moeda que pague o meu perdão, porque me indigana muito o que vejo por aí, de segunda chance e mais um tombo, vivo muito perto disso, e não consigo aceitar. Posso até engolir o que digo agora, daqui um tempo, mas digo mesmo assim...Nem mil rosas roubadas será capaz de pagar o meu Perdão. Esse vale mais do que meu amor, porque envolve meu orgulho e minha dor, mas não direi que não, só lamento então, pela tua dor.
E hoje eu sei... "que o amor existe sim, que valeu a pena. E que o mundo é muito mais do que horizontes, que o tempo é muito mais do que segundos, horas e minutos..."
E o mundo me espera lá fora, sem pressa eu sigo, para um dia correr ao mar, ao vento, feliz por ser apenas eu, por poder ser apenas eu. E sou aquilo que quero, sonhos, desejos... Pode parecer nada, pode parecer besteira, mas é eu, e sei calcular parte do meu valor. Dessa parte então concluo, que sou muito mais do que muitos pensam, e que muitos vêem pela foto, pelo olhar, pelo meio sorriso, ou até o abraço sem sentir. Só sou mais um grão de areia perdida em meio a esse deserto turbulento em que vivemos, ou a gota da'àgua guiada pelos ventos... Sou pequena parte daquilo que nos mantém mundo, sou parte dele, e serei ainda, por tempos que virão...
"O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença."
Como já dizia o poeta "amor é dor que desatina sem doer..." (Camões)
"...e quando está perto dói, quando está longe dói ainda mais." (Thedy Corrêa)
Eu diria melhor então. Amor é dor apenas quando queremos que seja dor, porque quem decide aquilo que sentiremos, somos nós mesmos, então para que fazer do amor, um sentimento tão puro, uma dor? Mais fácil então transformar o amor, em lembrança boa, em esperança de reencontros, de sonhos, de pessoas novas... Temos a capacidade de decidir o que sentir, então a explicação para o "não sei amar" não está no se afastar, e sim pensar. Algo que não sabemos viver sem, algo que para muitos é mais fácil, freqüente, e para outros, torturante. Solução para a dor, para o amor é simplesmente racional. Somos máquinas biológicas, que busca respostas em sensações, mas estas provem do pensar, do lembrar, do ver, do imaginar; ou seja, da nossa mente, ilusão, daquilo que nós mesmos criamos. Amor é ilusão que faz bem, e que salvará a humanidade enquanto esta for capaz de pensar.
"Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar."
Onde conhecemos o mundo, os problemas sociais, as relações entre os seres, como funciona isso ou aquilo, onde geralmente pronunciamos aquela frase: "quando eu vou usar isso na minha vida?". Não adianta, ser o mais nerd da turma não te escapará de pelo menos uma vez você pensar e pronunciar essa tão famosa frase.
Os primeiros anos são fáceis; quando já passamos por eles é claro. O máximo que terá que fazer é o dever de casa, e assim aprenderá muito bem a ler, escrever, somar e subtrair. É nessa fase que você pensa só ir para escola realmente para aprender, pois seus amigos estão na rua de sua casa, ou fazem parte da sua família. Mas isso não o impede de fazer brotar uma amizade de infância ou coleguinhas que marcarão sua vida. Brincadeiras tradicionais e momentos de diversão não são descartados, mas depois de um tempo só farão parte de uma lembrança remota, nem tão importante.
Nos últimos anos do ensino fundamental é quando geralmente a maioria dos alunos vai para escola não só para aprender, às vezes nem para isso, diga-se de passagem. Eles vão para "azarar" perder o Bv, fingir que é gente grande "pegando umas gatinhas" e até gatinhos, no caso delas. Ninguém está escapo a isso, e mesmo os que vão bem nas aulas uma hora se interessarão por alguém da turma.
E então depois do oitavo ano, onde se arrecada fundos para ir a um parque temático no final do ano, e para a formatura, que para os adultos nem possui tamanha importância, porque é só a oitava série, a pessoa vai para o tão sonhado Ensino Médio.
Onde tudo muda novos conceitos, preocupações, responsabilidades surgem, assim como as namoradas (os) fixas, a verdadeira descoberta da sexualidade; para muitos, a "pegação", e a preparação para a hora de decidir o que se fará da vida, a profissão que irá seguir.
São nesses três anos - para muitos mais que isso; que o mundo desta pessoa gira em uma velocidade incrível. Tantas coisas mudam em questão de dias, horas, segundos. Não que para alguém que já tenha passado desta fase, isso não aconteça, mas no ensino médio, é diferente, porque é imaturo, porque só muda na parte teórica, e só aos poucos é que se descobre o praticável, o difícil. E como as mudanças vão acontecendo assim, é tudo mágico, irreal, surpreendente.
Precisamos então da ajuda, da família, dos professores, e dos amigos, para passar por essa fase, da melhor maneira possível, para não perdemos o nosso verdadeiro Eu existente em nossas almas, aquele Eu que vem desde o berçário e que ninguém mais conseguirá nos retirar, a menos que decidamos perde-lo e nos transformamos em máquinas da moda, daquilo que é visto, e influenciável.
Sem a escola, o que seria de nós então?
Se é a partir dela que conhecemos nossos amigos, muitos ficarão para sempre ao nosso lado. É na escola que aprenderemos o verdadeiro significado da vida, daremos valor aos professores, aquilo que nos é ensinado, aos nossos pais, família, e principalmente ao mundo que nos espera lá fora, após o tocar dos sinos ao final da aula. Onde mostremos então, o nosso Eu alfabetizado, para uma profissão, uma família, e principalmente o nosso Eu que correrá atrás dos maiores e impossíveis sonhos que teremos ou temos, sem medo, sem pessimismo. Pois a escola nos ensina acima de tudo a termos Esperança, de um mundo melhor.
O mundo que nós mesmos construiremos, como verdadeiros cidadões que não conseguiriam de forma alguma sem antes ter passado pela Escola.
Ao final do terceiro ano, nada acaba muito pelo contrário, tudo começa, o mundo chega a nós, e finalmente colocaremos em prática aquilo que nos ensinaram em tantos anos de aprendizagem. O mundo será novo em nossas vidas, conheceremos novos rumos a tomar, realizaremos sonhos, desejos e viagens. Mas sempre lembrando com o maior carinho daquilo que nos fez gente, e nos colocou de pé dispostos a ultrapassar barreiras e desafios, a Escola.
Voaremos então pela escola da vida, onde aprenderemos dali para frente, construindo nossos caminhos, em busca de um Eu melhor.
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"E a nossa história não estará pelo avesso assim sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar. E até lá vamos viver; temos muito ainda por fazer. Não olhe pra tras; apenas começamos. O mundo começa agora. Apenas começamos!"
Lendo textos e mais textos, além de livros, e muitas outras formas de descrever, momentos, sentimentos, dores e amores, parei para pensar no significado de uma palavra que utilizamos tanto em nosso dia a dia, mas quase nunca paramos para sentir a força que ela nos causa ao ser pronunciada, ou ouvida: Mudança. O dicionário nos diz: modificação do estado de algo troca de lugar.
Colocando-a em prática, será que seria simplesmente trocar?
Não. Mudança é uma palavra muito mais forte do que imaginamos, assim como amor, paixão, desejo, saudade, e tantas outras palavras indecifráveis pelo ser humano, mudança nos traz sentimentos indefinidos, às vezes bons, outras nem tanto.
Na prática, na nossa vida cotidiana, ela na maioria das vezes vem como sendo sinônimo de algo bom. Mudar os móveis, a cor da sala, a posição do quadro, a foto do retrato, a dieta da semana, enfim inúmeros ocorrentes presentes nas nossas vidas que realmente nos traz algo de bom, nos faz sentir melhor, por estar "mudando".
Por que para o homem, a falta da mudança, traz consigo o comodismo, a inércia, a preguiça, entre outros sentimentos ruins, ou simplesmente não nos traz alegrias, o que seria mais fácil de concluir.
Contudo, se considerarmos pessoas, muitas mudanças trazem acima de tudo a dor, da perda, da falta, do querer. Dor que se espalha, que bate forte na gente, que nos deixa triste, buscando respostas, caminhos em meio a tempestade, caminhos completamente inseguros, e nos mostra o lado triste da vida.
Mudar de pessoas, é triste, em fases de nossa vida, porém necessária. Porque estar junto se já não existe mais amizade? Amor? Desejo? Então conjugamos o verbo. Mudamos. De hábitos, lugares, e abrimos mão de quem já não faz mais sentido estar por perto. Por nós e pelos outros.
Se pararmos para pensar um pouco em quantas pessoas entraram e saíram das nossas vidas, perderemos a conta, mas o que importa não é a tristeza de perder a pessoa, mas sim o que ela nos ensinou, o que ela mudou em nós, o que ela nos disse que nos fez encontrar a nós mesmos, dentro de nossos corações, encontrar sentido na personalidade que vem com nossa sombra, e que nos faz seres melhores. Então para que entristecer? Se a pessoa em si já te ensinou, já fez parte do momento na tua vida que era pra ser? Para que? Têm-se é que continuar caminhando, encontrando e perdendo novas pessoas, para que a mensagem e o significado da vida sejam repassados, e sentidos; não é mesmo?
Encontraremos muitas pessoas ainda que farão a diferença e que nos ensinarão algo que vai mudar completamente nossa maneira de pensar e agir. Até que um dia, tudo acabe, e em próximas gerações, o ciclo continue, e a mudança prevaleça. Porque afinal de contas, é a mudança que move a vida, e a relação do seres entre si, que nos faz pessoas melhores, nos ensina, e nos fortalece. Nos faz deixar cair lágrimas também, admito, mas é por um bem, que mudará o mundo, ou a quem viva nele. Sendo o tempo o seu principal aliado, que fecha as feridas que esta provocou, e que nos fará sorrir novamente, com momentos, lugares, e pessoas, novas, que serão mudanças em nossas vidas.
Ana Carolina.
"Todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou. Mas tenho muito tempo; temos todo o tempo do mundo... Todos os dias antes de dormir lembro e esqueço como foi o dia. Sempre em frente; Não temos tempo a perder..."