20 de setembro de 2011

Um Pouco do Resto

De fato, a vida é feita de fases. Você um dia quem me falou cara colega, não generalizou, colocou-se como exemplo, como quase tudo que você exemplifica. Acho muito digno da sua parte, porque não coloca as pessoas em uma ordem de classificação, seja ela de carater ou situação socioêconimica. Todos ali, linearmente colocados, humanos.
Fases dentro de uma vida, é algo muito além de períodos com começo meio e fim. A questão é: porque? Porque, nós humanos passamos necessariamente por fases?
Mudanças de cenários, pessoas, figurantes, vestuários...
Muda-se tudo, fica apenas você. Que também já não é mais o mesmo (a), pensa um pouco mais para a direita, se veste com um Q a mais, e até nem anda mais com aquela amiga(o) indispensável.E para quem? Que diferença isso faz na vida das pessoas que passam ou vão entrar em sua vida?
Talvez - mas muito vagamente, porque a fase que prossegue o hoje, seja consequência, boa ou ruim. Mas não faz muito sentido pois simplesmente segue aquele velho ditado de "o que planta-se hoje, colhe-se amanhã". E pensando no hoje como consequência do ontem, será que não fazer-ia mais sentido?


Porque afinal de contas, você comprova o ditado antigo - ou não. Aquelas pessoas com as quais você já conviveu,que sonhou com você, ou que talvez tenha sido ouvidos para um desabafo maior, não são um pouco do que você é\faz ou deixa de ser hoje?
Será que a primeira pessoa do plural, não é hoje um pouco de cada um\uma que já passou em sua vida?
Eu penso que cada ciclo nada mais é do que uma base construtora do eu, como num quebra cabeça, sinuosamente construído. Eu sou hoje, um pouco de cada amigo(a) que já passou na minha vida, um pouco de cada pessoa que eu considerei amante, por mais que tenha sido uma aventura amorosa, ou algo mais duradouro, ou até um amigo que tentou algo, e hoje é como um irmão...
Permitir que uma pessoa faça parte de sua bolha num determinado período de vida, é simplesmente permitir-se crescer, evoluir, transcender qualquer ociosidade aparente que ocorre conosco. É alimentar sonhos próprios que parecem sem vida quando estar-se sozinho (a), é viver com ainda mais intensidade qualquer momento especial da sua vida, em suma, é assumir-se humano e viver.

"Die Gewohnheit vernebelt, die Trägheit erstickt
Der Hochmut macht trunken, und die Nähe treibt zur Flucht"
Alleine Zu Zweit - Lacrimosa