24 de outubro de 2012

3 x 4



 Sempre funcionei melhor quando falo de amor, paixão, dor... Mas admito meu caro, não consigo jogar nada em páginas e páginas em branco, falar algo bonito e romântico, que toque no fundo na alma, que faça estremecer o peito aqui dentro. Nada. Será que nada reluz o que está preenchendo o meu eu? Será então que é tudo disfarce essa vontade, saudade, essa risada frouxa e inesperada? No  fundo quero acreditar, que o sentimento é isso: nada, vazio.
 O vazio que só de pensar em ficar cheio aperta, provoca frio e saudade. O vazio que nos faz explodir de tanta vontade de encher, de crescer, de amar... O vazio que nos impulsiona  a viver o que nos for possível, de aproveitar cada segundo juntos, de contar histórias, de derramar lágrimas, contar nossas mágoas, apagar chamas que ainda soltavam faíscas e machucavam, de viver loucuras porque não? De ser sinceros, de viver na verdade e nada mais do que a verdade.
 Eu sou assim, tão cheia de manias e intolerante, e você assim, tão flexível e cheio de simplicidade... Vamos unir o útil ao inútil e ao que nos faz feliz, vamos viver e só. Deixar o resto ser apenas o resto que nos mantém vazios, assim tão cheios de vontade! 


"Somos o que há de melhor
Somos o que dá pra fazer

O que não dá pra evitar

E não se pode escolher"

19 de outubro de 2012

I feel



E é assim que eu me pego as vezes: Tentando me equilibrar por cima dos trilhos da vida, meio desesperada, insegura, com medo do imprevisto desagradável.. Mas no fundo: com mais vontade de ir a frente do que de parar ou diminuir o ritmo. Penso nessas horas também numa frase que disseram-me esses tempos. Algo mais ou menos assim: "como não ter sede de viver sem lembrar da Ana Carolina Schmitz.."
Realmente, ter lido isso sobre mim, me fez refletir muito; no fundo é exatamente isso que me define: possuir na minha essência tanta vontade escondida, tanta sede de saber mais e viver intensamente aquilo que me faz bem, que me provoca risos...E é assim que vivo, percorrendo os trilhos da vida, hora lineares, hora conturbados, sem olhar muito os tropeços que ficaram para trás, ou aquilo que já não me acrescenta mais, talvez não com olhar de saudades ou arrependimento, mas como aprendizado que por algum motivo qualquer e em algum momento trouxe um significado considerável na minha existência.
Sei que todos tem essa vontade súbita de viver dentro de si, facilmente explicável biologicamente, mas a questão é que as vezes falta deixar-se descobrir como ser que realmente VIVE!