29 de dezembro de 2010

Vai valer a Pena

Final de ano é sempre tão demodê. Aqueles pensamentos que parecem miniséries com cenas vividas, arrependimentos, desejos, risadas... Particularmente relembrar é algo que já não me faz mais feliz, não agora.
Além do mais, retrospectiva é muito comum para tornar-se tema de um texto, e glichês mais ainda...
Mas eu queria escrever, sim eu queria. Uma história, um primeiro beijo, um novo amor, um novo sonho, uma nova rotina...Não poderei, falta-me conteúdo, falta tempo para sentir, falta um Q a mais.
Não é por ser final de ano, é porque parei com tudo. Amigos, textos, livros, música. Necessidade de refletir sobre um ano, rápido como um só dia, repleto de lutas e acima de tudo, um ano em que abri mão de muito: amigos, textos, livros, música...
Mas espera, eu disse anteriormente, não querer relembrar, e como posso agora dar um tempo de algo que já não tinha na minha rotina?
Vai saber, mulheres!
Não não, acalme-se, acredito que seja simplesmente uma forma de reaver alguns conceitos, novos caminhos. Novas pessoas, ou as velhas mas de uma forma diferente. Quem sabe a universidade. Férias sei que não terei, alguns dias na praia talvez, mas tenho tarefas de grande porte a cumprir.
3,2,1.. 


Vamos esperar o próximo ano, conferir o resultado de toda a luta, poder falar que consegui, ou que devo tentar novamente. Agora, é tarde para mudar alguma coisa, logo será um novo ano, e dizer que a virada não nos enche de esperança seria um tanto quanto, demodê ?



"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não..."

1 de dezembro de 2010

Pseudo Luta

É cômico quando alguém vira para você e pergunta "você acredita na sorte?"
Para falar a verdade, era um incomodo quando alguém dirigia-me esse questionamento. Sorte é uma palavra tão subjetiva e sem desafios maiores. O que a define? O giro de uma roleta, dados, a carta certa que torna uma canastra limpa, ou ainda um gato no truco...Enfim, poderia citar exemplos infindáveis, ou situações de linhas tênues, onde só a sorte explicaria maior eficiência ou vitória. De qualquer maneira ela continua sendo sem desafio. Uma palavra que decide por você, que te leva ao êxito ao delírio, ao clímax, sem ao menos fazer-te sentir.
Você não luta, não almeja, não cai, não sofre, não chora. Em um passe de mágica a sorte acontece e você sente-se lisonjeado, ou sortudo!
E então, qual o desafio? A graça, onde está?
Nada que não seja de âmbito desafiador ou curioso me atrai. Pessoas fáceis não me atraem, rotinas leves não me preenchem, sonhos pequenos não fazem sentido, lutas lineares não possuem a mesma graciosidade.
Mas então, porque a sorte seria-me tão necessário agora?
Simples. Existem sonhos pré datados, você segue um caminho que te leva a uma decisão final. Se você for íntegro o suficiente, alcança e chora de felicidade. Se você falhar, chora de tristeza.
Outrora esse caminho foi trilhado por mim, está chegando o desafio final. O que torna todo o resto praseroso; ou não...
Tudo dependerá do meu êxito ou fracasso. E para falar a verdade, com os resultados e memória fraca que possuo, não acredito tanto que algo poderá dar tão certo como o que eu sonho para a minha vida. Basta esperar agora. Já é tarde. Só a sorte, e nada terá tanta graça...