20 de novembro de 2010

Pedras à vista


Há contradições nessa história toda. Eu não queria nada até o novo ano.
Mas o que me ocorreu foi um fio de esperança, e uma empolgação hormonal diante dessas novas situações. Ao mesmo tempo que gostaria tenho medo. Não quero ser novamente o que era antes, as pessoas evoluem, e algo que seria tão bom poderia estagnar minha vontade de buscar novas experiências, ou me proporcionar sentires inéditos...
Esse é novamente um momento nostálgico, onde desconfio de qualquer possível fato do amanhã, relacionando-o com meu passado longínquo. Sim, longínquo, descobri que o tempo voou pelas veredas da minha vida. Dei-me conta de que quando datas já não são lembradas, elas duplicam-se sem ao menos percebermos. Ou, de acordo com algumas teorias vagamente conhecidas por mim, pode ser que minha mente voe mais longe em relação ao calendário por nós estabelecido. O que de certa forma faz algum sentido...
Apesar de toda a insegurança e medo, formulei um pacto com minha consciência. E ela aceitou não rebaixar meu ego, diante de qualquer novo fracasso que possa ocorrer. lembrando-se de clichês para acalmar minha alma, com as próximas horas da minha vida, e suas surpresas...

9 de novembro de 2010

Dezessete na Primavera

Falta tempo eu sei, algumas horas ou dias..
Bom, mas o que interessa realmente é que eu já decidi!
Vai ser um dia normal, um feriado como todos os outros, onde eu só me lembrarei que não precisarei cumprir horários e acordar cedo. Nada de ficar esperando palavras gentis, uma visita de um amigo (a), um telefonema; presentes? Não muito obrigada, será um dia comum.
Depois de tantos anos, tentando fazer esse dia feliz, eu simplesmente Desisti.
Pai embriagado pedindo-te desculpa depois da meia-noite não adianta mais, um almoço familiar sutilmente planejado com uma janta em prantos, é uma equação anulada. E um outro ano lembro-me também, a dor recente de uma perda; para não falar outra cousa...

Antes, as tristezas vinham de dentro de casa, hoje se fazem por palavras de possíveis amigos. Mas a verdade é que todos esperam que eu saia com eles, ninguém cogitou a possibilidades de simplesmente, fazer-me companhia, por mais que o programa seja tão entedioso. Amigo que é amigo faz isso, eu já fiz isso...
Mas enfim, a consciência não é minha, e eu já me acostumei.
A cada trezentos e tantos dias, um ano a mais na minha contagem insignificante, e sempre as mesmas decepções. Talvez porque eu espere demais, quem sabe.
Mas as vezes penso, que querer ser feliz no "próprio" dia, é direito de todos. Ou não, vai saber.
Sei apenas, é que dia seguinte ao dito cujo, eu serei um pouco mais velha biologicamente, o que não faz muito sentido, porque envelhecemos todos os dias, além do mais, a mente sempre estará a frente da idade real, pelo menos para quem busca isso, como eu.

"A Melhor Idade é aquela em que não contamos o tempo, e sim quando vivemos o tempo, proporcionando felicidade a nós mesmos e a todos ao nosso redor".