28 de janeiro de 2010

uma hora, duas? ou mais um minuto enfim...



A quilômetros de distância, que separam duas vidas, um amor puro, sincero.
As infinitas horas que nos separam, até o indeciso do futuro decidir-se, sobre nosso tempo.
Nosso tempo do abraço, do choro sincero, do olhar mais brilhante e feliz, que realiza então o desejo do reencontro; de amores, lembranças, de uma ponta de esperança, que nos permitirá um novo tempo juntas, de novas e novas histórias, de novas e novas risadas.
Que nos fará felizes por horas e horas, infindáveis horas, que carregam o desejo de não acabar-se mais em seu tempo
Hoje o desejo desapareceu, sumiu por entre o ar, abstrato, intocável pelo homem, aquele que reage muito bem com o imprevisto do abandono e da nova mudança...
Hoje o que me resta são gotas de água a banhar aquela minha velha esperança...
Que alimenta o desejo de ter aqui ao meu lado para mais uma roda de dança, ou um balançar da rede ao fim de tarde, e quem sabe então, te contar minhas histórias ao ouvirmos juntas o bater da chuva na janela, que lá fora banha os jardins, alimentando-os de novas esperanças de uma vida nova...
Vida nova que dá sentido ao pulsar no meu peito, e que me fará sorrir ao próximo reencontro meu amor.
Termos nascido ao banho da mesma lua em mesma época, não serão só mais uma de nossas infinitas histórias e saudades, será também aquilo que dará sentido ao nosso futuro caminho, a nossa história de ontem em diante, aos nossos sonhos que ainda vão se realizar, juntas amor.
Amor que nasce como sendo de irmãs não acabará por decisões alheias nunca.
Foram anos e anos de espera, e não ter você por perto não me fará desistir de olhar o relógio e lembrar-se de ir te ver amor...
Nem que seja simplesmente, te ver na minha caixa de fotos, aquela em minha memória, velha memória que já nos pregou peças, mas que nunca mais irá me enganar ao dizer que não és tão importante assim em minha existência, pois isso a ciência já provou amor.

Ana Carolina.


"Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou;
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo."

Fernando Anitelli.

20 de janeiro de 2010

E cantar a beleza de ser feliz



Para ser feliz não há receita, medidas, regras, não há um caminho exato, não há um mapa feito pra cada pessoa...
Definitivamente, se cada um possui a sua própria essência, não haverá de forma alguma uma maneira de definir a felicidade.
Pra mim, ela está nos mínimos detalhes da vida, no mero abraço beijo desejo, na nota musical mais simples, que quando tocada se torna ilustre e agradável aos ouvidos. Ela está no que a natureza nos proporciona ver, na gota d'água nas folhas verdes de um jardim, ou na própria floresta em uma trilha à cachoeira mais perto que nos dá o prazer do banho, do mergulho, do frescor de águas cristalinas nos rodeando.
Fazer minha felicidade é o que quero pra mim, é o que desejo a todos, basta eu fazer minha parte de mera escritora em um blog não tão conhecido e lhe dizer: a felicidade é você quem faz, e só verás quando souberes que a cada tombo algo de bom se retirará, que nada é por um acaso nessa vida. Se teu amor te deixou, ou se você o deixou, e daí? Foi só mais um em sua estante, muitos virão, muitos sorrisos, beijos, amasso...
Seu parente faleceu? Agradeça por estar vivo e bom o suficiente para homenageá-lo e desejar que em qualquer lugar que ele vá, que esteja bem!
Perdeu um emprego? Não passou nos vestibular?
Ótimo, você é para estar na próxima empresa ou turma, e não naquela que você iria.
Então corra e pule o mais alto possível, porque não sonhar e não chorar, é simplesmente perder a chance de SER FELIZ!


"Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora
E vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação...

Seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão..."                       

Cássia Eller.

6 de janeiro de 2010

não reacenderá mais




 

Ouvindo uma triste história de amor percebi que minha dor de traição, de troca, de outra, é muito menor do que a dor do amor impossível, amor que não se vive porque há indecisão, insegurança, medo, amor que dói por existir e ter que se guardar no fundo de dois corações separados pela mera atração e dependência física de uns outros ou outras...
Medir dor, amor, medir sentimentos?
Não, isso não existe, o que escrevo aqui é apenas comparação que me faz concluir apenas, que a dor existente em meu coração ainda, só faz é rir de mim, por ainda pensar tanto, e sofrer tanto. Era de imagens de amor do meu antigo amor que eu precisava ver, para que a ficha caísse de vez, e que eu finalmente percebesse, quantas lágrimas e abraços falsos eu ganhei, além de "eu te amo" perdidos, e momentos de êxtase em que o corpo respondia por si só, e que o coração já não mais estava ali, naquele divino momento de prazer, em que ele era pra ser o que mais dava sentido ao que vivemos, mas infelizmente ele já estava em outra. 
 Se um dia, eu tiver que tomar uma decisão, está será Não, ao amor que morre aqui, nessas palavras, ao amor que eu me arrependo de ter me entregue tão intensamente, e ao amor, que por meras aventuras veraneias foi jogado ao mar. Para no fundo ficar, de onde tudo começou, com meu nome, com a paixão do mar por minha pessoa, e pela figura de linguagem em que eu acreditei muitas vezes que fosse um alguém, um alguém que deveria então ter se apaixonado por uma lagoa, e que não deveria ter me feito tão mal assim. 
Esperança não vai ser então, a última a morrer, e sim a primeira. Pelo menos em meu coração, depois de tanta decepção. O sopro que apaga uma vela, não reacenderá mais para mim. 
Ana Carolina

  
"Paz, eu quero paz
Já me cansei de ser a última a saber de ti
Se todo mundo sabe quem te faz
chegar mais tarde
Eu já cansei de imaginar você com ela
Diz pra mim
se vale a pena, amor
A gente ria tanto desses nossos desencontros
Mas você passou do ponto
e agora eu já não sei mais...
Eu quero paz
Quero dançar com outro par
pra variar, amor
Não dá mais pra fingir que ainda não vi
As cicatrizes que ela fez
Se desta vez
ela é senhora deste amor
Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor
sangrar."

Marcelo Camelo