14 de março de 2013

Sem pé nem Poesia

Ela procurava graça até na poesia de marketing do mercadinho mais próximo e nada. Não encontrava a criatividade em lugar algum, um canto qualquer ou no piscar de olhos mais breve, nada, nenhum, nunca mais..Foi o que pensou, quando reparou que não tirava aquela frase da cabeça: "talvez seja bom escrever mesmo quando se esta feliz" e pimba, o segredo era esse.
A graça deixou de estar nas palavras trêmulas que juntas levavam os leitores por uma correnteza de sentimentos, ela passou a estar ali do lado, no riso frouxo sem motivos aparentes, no silêncio dos pensamentos, aquelas lembranças de momentos bons, de um coração seguro, firme e forte! Em dia com o colesterol, em dia com o sentimento, talvez um pouco inquieto procurando algo para fazê-lo se remexer, viver e revirar, mas calmo por estar feliz..completo.
A graça passou a estar na luta diária, em saber que todo e tudo conquistado foi fruto de mãos ainda calejadas e doídas, porque simplesmente não pararam de buscar.
Ela passou a morar próxima da rotina sem sentido, revirada e do avesso, um dia lá sonhando com aqui, e no outro aqui sonhando em estar lá...Sem previsões, apenas pulsando junto com o relógio e não para o relógio. Foi por isso que a criatividade sumiu, a poesia se fez diária no olhar breve e sorriso torto, na frase "mau dita" , errada, errônea. Ela não ficava mais no papel, passou a ser vida e a fazer a vida mais bela, passou a ser escrita hora por hora em cima de um livro criando aquilo que costumam chamar de história, minha e tua talvez nossa, talvez de todos.