23 de março de 2014

Galway - Cliffs of Moher







Ok, não estou seguindo a proposta do Blog, então vou dar uma agilizada aqui e falar sobre a viagem que fiz a mais de um mês atrás!
Ganhamos um Break aqui das aulas por uma semana, a conhecida "study week" que algumas instituições dão aos alunos. E ao invés de estudar fomos viajar, como bons filhos da Dilma que somos.
Escolhemos cidades clichês, compramos passagens baratas, duas excursões e só fomos...
A viagem começou no sábado, dia 15 e passamos o dia na estrada. Fomos para Dublin e de lá fomos para Galway!
A cidade não conhecemos muito porque chegamos a noite já, e domingo cedinho tínhamos excursão para os Cliffs of Moher.
O nome significa As Falésias de Moher, e em Irlandês diz-se Aillte an Mhothair.
O "penhasco" popularmente falando foi formado a mais de 300 milhões de anos atrás no período carbonífero e é considerado um belo exemplo de bacia sedimentar, o que normalmente só é visível por abaixo do oceano. 
A história do local, flora, fauna e geologia está disponível num centro de visitação muito semelhante com a casa do teletubbies, construída para melhor atender aos turistas que vão ao ponto mais visitado em toda a Irlanda. Há um site também que trazem muitas informações bacanas sobre os Cliffs -  https://www.cliffsofmoher.ie/ ; o que eu acho bem interessante porque você escolhe saber mais do que lhe de fato interessa.
Gostaria de compartilhar um pouco da sensação e do momento em que visitei.
O dia foi longo, fomos em uma excursão, onde o motorista era o guia e durante o percurso ele ia contanto sobre os lugares que íamos passando - o que em certo momento se tornou meio boring, mas ok...
Estar no Cliffs é algo que quis desde que comecei a pesquisar sobre a Irlanda antes de decidir vir pra cá; não acreditava na possibilidade de existência de um local como aquele!
Parecia que o mar tinha descido suavemente para nos mostrar tamanha beleza.

Ver o oceano na sua imensidão de ser a mais de duzentos metros de altura é de fato algo indescritível.
Eu diria que é um belo exemplo de local que não se deveria morrer sem antes, conhecer;. É um tanto quanto muito utópico, mas apesar de a gente ter passado só algumas horas, andando e tirando rápidas fotos, em vários momentos fixei meus olhos em roxas e fiquei imaginando o quão o mundo é perfeito,  e o quão a gente não valoriza isso... 
Bom, pode ser que se sentir melhor em algo natural do que num shopping seja algo essencialmente meu, mas acredito que muitas pessoas também carregam isso em si.
Depois dessa ida, a minha vontade é de levar cada pessoa que eu amo pra lá, e dizer, "look this" e talvez olhar em seus olhos e vê-los brilhar, tanto quanto os meus estavam e estão ao escrever esse post hoje. É um lugar que quero ir quantas vezes me for possível ir e que eu recomendo Demais; mas recomendo também que vá com vontade para aproveitar ao máximo, não vá porque é mais um ponto turístico... Apesar de eu ter ido e querer ir em lugares clichês, minha intenção é aproveitar, acrescentar, aprender, ver, sentir e compartilhar!

Lucas, Sabrina, Ana Carolina, Mateus,
Cláudio, André, Guilherme e Maycon...
Ah, e sobre as pessoas com que vivi esse momento: são as pessoas que eram para estar lá, comigo, cada um do seu jeito, sorrindo e aproveitando da sua forma, como há de ser...


Dicas: Se possível, alugue um carro e vá! Você ganha mais tempo para curtir e consegue ir até as últimas falésias... Mas se não der, existem algumas empresas de turismo que fazem essa excursão, como fizemos. Compramos pelo site - http://www.galwaytourcompany.com ; e indico! Paramos em vários locais legais, mas se fosse falar de todos, teria que pesquisar muito, e como já estou atrasada nas postagens, vou indicar meu Flickr para visualizarem as imagens: http://www.flickr.com/photos/121192394@N05/  

17 de janeiro de 2014

New School

Hoje já é sexta-feira e não postei nada ainda, então decidi falar sobre as primeiras impressões sobre a Wit e as aulas..
Nossa rotina do curso de inglês começou segunda-feira (13/01) e tivemos uma maratona de 30 horas de aulas durante o decorrer da semana, o que se repetirá até Julho por hora.
Temos disciplinas como num curso de graduação, como gramática, preparação para o IELT e Propourses to English.
As aulas ocorrem na WIT mesmo, em meio aos alunos de Engenharia, Bussiness e afins. Geralmente iniciam às 9:15 e vão até as 17:15, a principio estamos levando marmita porque a comida no campus é em média de 6/7 euros e nada boa! - diga-se de passagem.
Os professores são bem tranquilos, e o inglês deles é tranquilo de assimilar. A maioria, principalmente os dois professores homens que temos são bem engraçados, didáticos e animados!
A principio fomos divididos em 4 grupos, de a cordo com a nossa nota do TOEFL ITP que fizemos ainda no Brasil, lá em Junho, mas hoje fizemos um teste da Universidade de Oxford para alterar as turmas e nivelar melhor o pessoal, mas o resultado ainda não sabemos quando vai sair.
O campus é muito bonito, bastante moderno e grande, tem vários mini restaurantes espalhados nos prédios e é muito organizado. Aqui, todos os alunos possuem o WITCard, um cartão que se usa nos restaurantes, lojas e conveniências aqui no campus, inclusive para fazer cópia, imprimir e pegar livro na biblioteca. Existem máquinas espalhadas no campus, tipo caixa eletrônico em que você carrega o seu card,além de você poder carregar na internet ou com umaplicativo caso tenha uma conta em banco por aqui. Existem estabelecimentos que só o aceitam o witcard ou que é mais caro caso você pague  "by cash".

Mesas de estudo, By: Thefy
Sessão dos Biology's books
3 andares da Biblioteca. By: Thefy
Quarta-feira fomos conhecer a Biblioteca com o professor Jonh, ele preparou a aula com a temática e nos ensinou algumas coisas importantes que iremos precisar durante o curso de graduação. A biblioteca me pareceu  do mesmo tamanho da BU na UFSC, mas em formato diferente, com 3 andares, corredores lineares de livros e com mesas de estudo por toda a parte. Existem salas de estudo individual também, e salas para tirar cópia ou imprimir algum arquivo - com o WitCard é claro!
Livro que escolhi para coletar informações
O laboratório de informática também fica dentro da biblioteca... E quanto aos livros não olhei muita coisa ainda, apenas osque  me interessavam, os de biologia e afins, que ocupam uma estante e meia mais ou menos, o que é pouco pra mim, na Ufsc tem mais; mas aqui  não existe o curso Biologia como compreendemos, que você aprende ecologia, zoologia, botânica... Aqui o curso é Applied Biology mas com ênfase em alguma área específica, como o meu futuro que será Biomedicina, pelo que li se dará mais ênfase na parte de farmacêutica, bioquímica e  indústria de alimentos, mas tentarei pegar disciplinas interessantes como Horticultura e outras que não me recordo agora.
O professor nos deu 10 min para pegarmos informações básicas sobre algum livro referente a nossa área, nessa hora fiquei com bastante dúvida, mas peguei um de Algas que parecia ser super interessante.
De inicio é isso, semana que vem a Brazilian Society preparou uma festa para os novos alunos, será na quarta-feira no próprio campus, e nesse dia a tarde teremos a apresentação de todas as sociedade aqui na WIT, estou ansiosa para conhecer e talvez entrar em alguma de algum esporte.

Nova bike!
PS: Hoje adquiri meu mais novo meio de transporte! Moro a uns 20 min da WIT e não temos ônibus de graça da nossa moradia, ao contrário do pessoal que está alojado na Manor Village que tem um micrônibus a disposição nos horários de pico para ir e voltar da aula...





10 de janeiro de 2014

Change

Os caminhos mudam, os ventos, a estrada.
Os objetivos e sentidos também, meu blog por exemplo, ficou parado por tanto tempo, e agora será reativado...mas com outros objetivos.
Como a busca pelo voo mais alto nunca sessa, estou eu aqui, depois de um voo de mais de 2 mil quilômetros, vivendo no hemisfério norte, com o sol nascendo "teoricamente mais cedo" todos os dias, num clima diferente, vegetação e cidade diferentes... Mas vivendo, eu diria.
Quero destinar esse blog então, ao fornecimento de informações sobre a vida que levo aqui e possíveis lugares que eu venha a visitar daqui para a frente.
Hoje é oficialmente o terceiro dia em terras europeias, e o tempo passa tão rápido que eu nem me dei conta que já faziam três dias dessa mudança tão brusca.
João Paulo (GO), Ingra (MG) Sabrina (RJ) e André (GO)
A viagem pra cá foi tranquila, tediosa eu diria mas tranquila. A pior parte não foram as turbulências nem a comida de microondas servida no avião, mas sim a despedida de quem a gente ama. Demorou um pouco para o efeito dos olhares de choro cessarem, mas recuperei por hora; decidi não pensar muito na família, porque isso ainda é um ponto fraco meu, mas sei que sou forte o suficiente para não deixar a saudade influir nas minha lutas diárias aqui.
A passagem por Paris foi tranquila, o aeroporto de lá é pequeno e muito bem sinalizado, pegamos a conexão facilmente e sentimos um pouco do frio também. O voo até Dublin foi rápido mas a espera no aeroporto até o ônibus que levaria a gente até a nossa cidade oficial demorou eternamente.

ônibus que nos levou de Dublin até
 Waterford (aprox. 180lm)

O motorista do Wit Bus mostrou-se como a maioria dos irlandeses por aqui, simpático, engraçado e super educado. A viagem até em casa foi cansativa, mas as rodovias estavam com pouco fluxo e em duas horas - pouco mais talvez, estávamos em casa.



A nova casa. Divido o apartamento com mais três, dois meninos e uma  menina, todos com quarto e banheiro individual, menos a felicidade dessa nova vida, que parece-me comum a todos os brasileiros por aqui - que não são poucos, diga-se de passagem.
No primeiro dia, já tivemos a "Induction" na WIT, onde os membros do "International Office" nos apresentaram como é a funcionalidade e facilidades para os estudantes do Instituto. Além disso, fizemos um tour pelo "Cork Campus" - onde irei estudar; para conhecer a estrutura e mais detalhes sobre o dia-a-dia aqui.
Museu Medieval
Fábrica de Crisal



















Hoje - terceiro dia, acordamos relativamente cedo para conhecer a fábrica de Cristal e o Museu Medieval da cidade - logo mais falo sobre cada um. Entre um local e outro almoçamos num restaurante pequeno - não me recordo o nome, mas bem rústico e aconchegante, o cardápio foi sopa e 3 mini sanduíches - Deliciosos!
Após isso, fomos conhecer a loja mais famosa aqui na Irlanda - Penney's! - uma loja de departamento tipo a Renner ou C&A no Brasil. Aqui o centro é comum a Florianópolis, ruas cheias - algumas só para pedestres, só o formato das lojas é que muda um pouco, pois a maioria fica em prédios antigos, o que torna elas muito fofas.
Por hora, acho que é isso.

4 de setembro de 2013

Descobri que é mais fácil de se fazer poesia do que se imagina.
Descobri que poesia estava em você, tão humano e simplório,
Descobri a rima no balbuciar das árvores. O sussurro,quando eu aproveitava os quatro elementos de tudo, deitada diante do mar...
Amadureci suficientemente para entender que o relógio misturado a vida que nos permeia é quem nos mostra a rima, a combinação perfeita; entre a vontade de pulsar e aquilo que é inconsciente em nós.
O código interior, a,t,c,g, a apoptose, a reação, ação, a proteção, o corpo, a Alma.
Ainda que haja quem dúvida que ela exista, é impossível acreditar que seu pensamento age sobre sua vida como um todo.
Ser e pensar, ser ou estar... Eis a questão.

"...não procuro outras pessoas no espelho." H.G.


14 de março de 2013

Sem pé nem Poesia

Ela procurava graça até na poesia de marketing do mercadinho mais próximo e nada. Não encontrava a criatividade em lugar algum, um canto qualquer ou no piscar de olhos mais breve, nada, nenhum, nunca mais..Foi o que pensou, quando reparou que não tirava aquela frase da cabeça: "talvez seja bom escrever mesmo quando se esta feliz" e pimba, o segredo era esse.
A graça deixou de estar nas palavras trêmulas que juntas levavam os leitores por uma correnteza de sentimentos, ela passou a estar ali do lado, no riso frouxo sem motivos aparentes, no silêncio dos pensamentos, aquelas lembranças de momentos bons, de um coração seguro, firme e forte! Em dia com o colesterol, em dia com o sentimento, talvez um pouco inquieto procurando algo para fazê-lo se remexer, viver e revirar, mas calmo por estar feliz..completo.
A graça passou a estar na luta diária, em saber que todo e tudo conquistado foi fruto de mãos ainda calejadas e doídas, porque simplesmente não pararam de buscar.
Ela passou a morar próxima da rotina sem sentido, revirada e do avesso, um dia lá sonhando com aqui, e no outro aqui sonhando em estar lá...Sem previsões, apenas pulsando junto com o relógio e não para o relógio. Foi por isso que a criatividade sumiu, a poesia se fez diária no olhar breve e sorriso torto, na frase "mau dita" , errada, errônea. Ela não ficava mais no papel, passou a ser vida e a fazer a vida mais bela, passou a ser escrita hora por hora em cima de um livro criando aquilo que costumam chamar de história, minha e tua talvez nossa, talvez de todos.

5 de dezembro de 2012

Breve

Eu tinha esquecido como era se sentir assim tão leve mesmo estando sempre em crise com a balança.
Não sabia mais como era querer estar perto e longe ao mesmo tempo..
Não lembrava de tanta coisa, de como é bom passar uma tarde de chuva deitada, acompanhada, de saber que tem alguém esperando lá fora, de lembrar de um momento compartilhado e rir sozinha no ônibus, de ficar feliz por receber um boa noite, e um recado dizendo que não dormirá com anjos hoje, porque a sua está longe... Faltava algo que eu nem sentia falta, alguém que topasse estar ao seu lado em qualquer loucura,  só para ainda assim, estar ao seu lado.
O vazio que tinha antes era estranho porque não incomodava, só estava ali ocupando seu espaço cheio de nada esperando para abrigar alguém aleatoriamente  Alguém que aos poucos fosse mostrando que mesmo não sendo/tendo nada daquilo que se idolatrava conseguiu roubar horas no seu dia de pensamentos.

Cada instante renovado, a alma mais límpida, o querer mais exposto, a vontade acima da pele, o desejo no toque, o olhar que não fixa, as mãos trêmulas, a voz que não exala, o coração acelerado, adrenalina, serotonina, bioquímica...do que mesmo? Daquilo que você tanto temia em dizer, meu amor. Silêncio. O beijo. O ar renovado de boas energias e um até breve mais leve...

"Força e delicadeza
Sonho e precisão
Seja firme, seja leve
Seja breve" - P.V.

20 de novembro de 2012

Alguns km's de vida a mais

É engraçado quando as oportunidades de fazer certas loucuras vem até nós. A gente pensa, analisa as possibilidades, os prós e contras e de repente está embarcando, se jogando..
Foi assim que aconteceu, não faz muito tempo.
Resolvi encarar uma viagem que eu acreditava nunca realizar na minha vida. Conheci o projeto Conexão Sul pelo Bio/UFSC e admito que estremeci um pouco antes de aceitar a chance. 

A ideia era pedalar com um pessoal, só até ali no Rio grande do Sul, na cidade de Maquiné, embarcando aqui da capital de Santa Catarina. O fato era que eu não conhecia ninguém muito bem, não pedalava a tempo, pra falar a verdade adquiri meu meio de transporte um mês antes da viagem, providenciei os acessórios e esperei.
Esperava conhecer melhor pessoas que eu via apenas de vista uma festa ou outra, ou um esbarrão pelo campus. Acreditava que a união nos empurraria ao além, ao infinito, ao objetivo.. Acreditava que com certeza eu encontraria olhares encorajadores, olhares de piedade e até alguns impacientes. Acreditava encontrar sorrisos de cansaço, de alegria, almas transbordando satisfação consigo mesmo. Acreditava encontrar briga, discussão, pressa, calma demais, piadas, músicas. Acreditava nas pessoas.
Foi tudo isso e mais um pouco.
O pouco que eu não consigo definir ao certo, porque simplesmente não existem muitas palavras que definem os 7 dias de viagem, os tantos pneus estourados, os morros infinitos, o vento contra, a chuva, a cachoeira, a água da santa, o mar revolto, a goiabada que dava força, o axé, a comida coletiva, os alongamentos, as conversas, as lágrimas, o descobrir-se como capaz... e tanto mais..
Só tenho a agradecer a todos que se fizeram presente nessa viagem, não só como corpo pulsante e presente, mas como almas que transbordam energias vivas e que de algum modo estiveram do meu lado! 
Eu consegui, me superei e hoje já não sou mais a mesma! 

"Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos
Nós estamos vivos e é tudo
É sobretudo a lei
Dessa infinita highway" - Engenheiros do hawaii