22 de fevereiro de 2012

Julgar, Tente dizer Não

Não interessa-me sinônimos, antônimos, morfologia da palavra ou sintaxe. Gostaria apenas entender: o porque as pessoas levam isso como algo tão necessário nas suas vidas?
Provavelmente eu seria uma das últimas na fila que poderia falar algo sobre tal. Está no sangue, nos genes, caráter ou algum lugar obscuro; o fato é que independente de onde ou aonde se encontra a origem, eu julgo!
E você? Poderá ser prestigiado com um altar por tolerar toda e qualquer diferença que existe entre você e o outro?
Sem muito medo de errar, acredito que não.

~~~

O que acho mais engraçado nesse inevitável defeito humano, é como o ponteiro do relógio mostra o seu veneno e nos prova como somos injustos em relação aos semelhantes. Que atire a primeira pedra quem nunca deixou seus lábios tensionados de espanto, ao ver que de repente tudo era exatamente o oposto do que você "imaginava"?
Quantas pessoas já lhe provaram que são interiormente melhores do que a roupa mesquinha da moda?
Ou aquele inimigo que com um olhar de humildade lhe estendeu as mãos para uma possível reconciliação?

Desculpa os comentários possivelmente inúteis, mas ultimamente tenho observado o outro, a forma como as pessoas agem umas com as outras, dando mais valor ao que elas usam ou como elas usam, ao invés de tentar um olhar mais profundo. Talvez por trás do sorriso sujo ou torto, existam lágrimas de sangue e mágoas, ou forças de um humano incrível...
Nunca saberemos exatamente o que ela é, o que sua alma transmite. Mas é simples entender quando um  gesto gentil é sincero, então o que recomendo, é que tentes não julgar por qualquer motivo, palavra torta ou olhar mal interpretado. Nossa vida é cheia de momentos, e nem sempre o meu dia está ensolarado, então abra espaço para que a escuridão alheia passe e você consiga ver melhor as pessoas sobre a luz do sol. O meu hoje pode não ser tão bom quanto o seu, então seja compreensível, não julgue-me facilmente, tente enxergar as pessoas como o mais difícil dos quebra-cabeças, onde uma peça pode nunca encaixar-se perfeitamente, assim como aquilo que você diz ser a verdade d'outro.

Ana Carolina

13 de fevereiro de 2012

Bora viver?

Vamos fazer um trato querido diário?
Enquanto eu estiver no momento "free life" você ficará um pouco distante dos meus devaneios.
Hoje, prefiro filosofar com amigos, chorar por ter queimado o braço, e amar apenas a minha família.
Quero dar um tempo dessa monotonia eterna que é desabafar, esperar  que leiam, e ficar na ociosidade de um blog insano e abandonado.
Tentei falar, daquilo que não fosse amor ou dor, mas parece que meu modo criativo é ativado apenas quando o coração pede calma, seja de tristezas ou grandes felicidades. Meu português rebuscado só funciona com uma pitada de raiva, vontade de manipulação ou dores internas.
Então quer saber?
Desisti de tentar rabiscar algo que faça emocionar, quero Viver, conhecer pessoas novas, que me ofereçam parceria para loucuras, para filosofar e para me entregar, sem compromisso; quero apenas tirar o que há de melhor dos meus amigos, e futuros companheiros. O resto? a gente junta num baú enorme que os humanos costumam chamar de memórias. Tenho certeza que não vou desvalorizar tudo isso, afinal dificilmente deixarei de ser um tanto quanto sentimental.
Até o próximo amor, e que ele demore muito para habitar em mim. Auto-suficiência é coisa rara, temos que aproveitar no mínimo, cada segundo!


12 de janeiro de 2012

Como um grão de areia





"Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu..."



Pra quê tanta raiva então?
Minha vida hoje, resume-se a aturar pessoas das mais diversas maneiras, com sorrisos sobrando, cara fechada ou olhar distante. Vejo a todo momento pessoas estupidamente desagradáveis, mau amadas,  que não agradecem, não pedem por favor, não sorriem, quando não te tratam mal é claro..


Mas afinal, adianta ?
Nunca senti prazer em estar de mau humor, muito pelo contrário, sempre odiei sentir as pessoas se contraindo para não me mandar para um lugar longe!
Não resulta em simplesmente nada fechar a cara, não sorrir...
Hoje, depois de muitas experiências dou mais valor as pessoas que sabem cativar apenas com um olhar, aquelas que mesmo com tantos problemas encontram graça em acordar de manhã, engolir tudo o que lhe faz mal, levantar a cabeça e abrir um lindo sorriso; independente da presença do sol ou das nuvens lá fora..
Não vale a pena levar a vida de qualquer jeito, nada vai acontecer de brilhante nela, se ficarmos parados, reclamando; da sua incômoda mania de não deixar-nos caminhar sem uma cruz que seja...
E assim agora, eu vivo. Sem pensar muito no amanhã, aproveitando tudo o que o meu dia oferece, e claro, lutando para que no anoitecer eu esteja satisfeita. Não com você caro leitor, comigo mesma! 

26 de dezembro de 2011

Como num Segundo, um Ano



Amor de verão. Você já teve um?
Recomendo sinceramente que se surgir a oportunidade não deixes de lado, e esqueça de pensar. Verão não é feito para sermos muito racionais, penso que sua existência é feita para sanar todas as dores deixadas pelo inverno, para esquentar os corpos cansados de tanta frieza humana, é tempo de viver amizades fortes, de se entregar a natureza como parte dela (assim como somos), é simplesmente amar e viver o Hoje, sem pensar muito no amanhã.
Esse ano me proporcionou viver isso. Esse entardecer quente ou com chuva de verão ao lado de uma boa companhia para conversar. Me proporcionou sentir saudades disso, e querer repetir durante o inverno programas assim... Me fez amar novamente, sentir esperanças e querer bem.
Mas como quase tudo é sazonal na nossa vida, acabou. Não sei se pra sempre, a gente  não pode levar esse tal do sempre muito a sério, ele acaba nos surpreendendo cotidianamente. Mas o fato é que se foi. E eu não me arrependo de nada, e mais ainda: viveria tudo novamente. E o melhor nisso tudo foi saber que é recíproco, e que um bem querer pode surgir desse atormentado amor.

"Pensamento tão livre quanto o céu
Imagino um barco de papel
Indo embora pra não mais voltar
Tendo como guia Iemanjá.."

Sobre meus sonhos para esse ano?
Não posso reclamar, realizei parte deles. Comecei a estudar algo que de fato me fascina, me instiga e me faz ter esperanças num mundo mais limpo. 
Não falo de CO² ou lixo no mar, falo de almas salvas de mágoas e dores. De espíritos reconstruídos, transbordando positividade na natureza. Creio mais em pessoas que se colocam lado a lado, como há de ser, independente de qualquer coisa que as distinguem, independente a um ego mais espaçoso que outro. Posso falar que Meu espírito passou por uma forte metanoia, e que mesmo eu me afastando daquilo que me fez mudar, meu coração pulsa mais rápido quando ouço uma música ou uma oração que fala Dele. O que tenho a dizer sobre tal, é que ainda não sinto-me pura mentalmente para me entregar a tudo isso, ainda não consegui. Mas não desisti. 
Quero lembrar também, que durante a caminhada que fiz descobri pessoas maravilhosas, que me chamaram a atenção pelo seus olhares reluzentes, que me transmitiram paz, amor e sentimentos bons. Além daquelas que fizeram descobrir alguém escondida, aqui dentro, no fundo da minha alma.

"Mais que conhecer, preciso viver
A verdade revelada." ♪


Família e trabalho foi algo que caminhou e caminha junto esse ano pra mim. Se isso foi ruim?
Acredito que não. Já testemunhei para muitos amigos e colegas quantas coisas ruins nós passamos até então. Tantos sofrimentos físicos e fadiga mental eu passei. Chorei e sorri ao lado de pessoas que eu simplesmente não quero mais ver longe. Descobri que morar juntos não significa nada, quando não se da um Bom dia verdadeiro, ou um abraço cotidiano, ainda que tudo lá fora te leve para baixo. Essa decisão de trabalhar juntos e lutar por um algo melhor lá na frente, fez-nos valorizar mais e mais, cada momento. Cada domingo na casa da vó, viagem ou praias nos finais de semana...
Isso fez falta durante todo o meu ano, pois de segunda a segunda a luta se concretizava, mas uma luta vazia, por bens materiais, ilusão de felicidade. Por isso acredito que assim como o erro, tomamos a decisão de estar mais perto, e abrir mão do trabalho para sentar junto a uma mesa e almoçar. E acima de tudo, perceber o quanto isso é valioso. Sou realizada então, aprendi o que jamais aprenderia sendo uma empregada qualquer, me vi a frente de um negócio e me sentindo responsável pelo futuro dele. Isso me tornou alguém mais responsável e mais dinâmica, o que concerteza fará diferença lá na frente.

"Nossa sina é se ensinar...
A sina nossa é...
Nossa sina é se ensinar...
A sina nossa...
Minha senhora diz:
Bons ventos para nós
Para assim sempre
Soprar sobre nós..."

Enfim, esse ano eu posso afirmar de coração que me entreguei as pessoas, que vivi intensamente tudo o que me foi possível. Busquei a  Ana melhor, mais esperançosa e otimista. Busquei ser aquilo que sempre sonhei ser, e aprendi a andar sozinha, sem depender de alguém para tomar boas decisões; não  que isso não seja importante, mas às vezes é necessário saber para onde se está indo sem alguém te segurando. E fim, a mais um ano de vida e lembranças boas. Que 2012 de fato não seja o último ano, a natureza nos reserva tantas coisas boas, e eu ainda quero viver isso. Espero que o próximo ano seja de grandes realizações, reencontros agradáveis, sorrisos inesperados, lágrimas de emoção, força para lutar mais e acima de tudo, um ano de amor ao próximo, o que julgo ser o mais importante para um viver melhor...

Ana carolina Schmitz

8 de dezembro de 2011

Voo inesperado

Quando eu ando, tudo o que vivi me acompanha. Como grãos de areia em baixo daquele tênis muito utilizado. Por mais que um hora você para e lave-o, parece que ainda sim, sobram resquícios daquele não tão incômodo grão de areia, mas presente.


Tudo na nossa vida acaba sendo assim, como grãos. De lembranças, medos, traumas, sorrisos, lágrimas, arrependimentos, mágoas...
Ainda que eu lave meus calçados periodicamente, sinto que isso tudo se faz presente em mim. Ou melhor, sentia. Hoje posso dizer com toda a certeza, que mudei.
Não espero mais pelos outros, faço. Não dói mais aqui dentro lembrar você, passou. Penso sempre para o alto, e não mais com aquele pessimismo que contagiava o meu redor. Tiro mais coisas boas dos meus sofrimentos como antes. Parei de acreditar no amor como algo que me mantenha em pé, vejo como as amizades e famílias são ainda mais importantes agora. O vento brando que me mantinha sentindo a terra fofa, agora tornou-se forte, num furacão de sonhos que passaram a me empurrar para cima, para o voo.  Passei a acreditar na capacidade humana de negar toda e qualquer ciência que explique seu egoísmo, para mostrar que talvez o amor e a positividade seja mais forte do que qualquer instinto, pois isso é o que de fato nos faz bem.
Enfim, posso dizer que aquela garota aparentemente ingenua passou a não se importar com a presença de alguns daqueles grãos de areia...
















"Sonhei que as pessoas eram boas em um mundo de amor 
E acordei nesse mundo marginal.." ♪

Chimarruts - Dia Especial

8 de novembro de 2011

Devaneios

Acho que você fez uma boa escolha.
Eu não tenho nada pra oferecer, além de uma boa conversa sobre o tempo em que não vivi, minhas expectativas e medos.
Acredito que não fazia mais sentido eu continuar presente, já não tinha mais nada a acrescentar; além da velha mania de querer encher de carinhos quem não merece.

Hoje, já não sei mais se posso sentir tudo aquilo de novo, o incondicional parece-me distante, e aquela velha história de não se importar parece ter diluído num mar negro, onde eu geralmente coloco todas as minhas mágoas, pra você vir recolher um dia.

18 de outubro de 2011

Tempestade

"Faz a tua ausência para que alguém sinta a tua falta. Mas não prolongue demais para que esse alguém não sinta que pode viver sem você."
Anônimo?
Obrigada querido amigo, caiu como uma luva seus dizeres desprovidos de referência.


Será que é a hora de por um fim? Em algo que quase não brotou frutos nem flores. Apenas lembranças...
Aliás, boas lembranças. Não costumo viver momentos sem me sentir a vontade o suficiente e achar que talvez não valha a pena...






Tempestade - Legião Urbana