8 de dezembro de 2011

Voo inesperado

Quando eu ando, tudo o que vivi me acompanha. Como grãos de areia em baixo daquele tênis muito utilizado. Por mais que um hora você para e lave-o, parece que ainda sim, sobram resquícios daquele não tão incômodo grão de areia, mas presente.


Tudo na nossa vida acaba sendo assim, como grãos. De lembranças, medos, traumas, sorrisos, lágrimas, arrependimentos, mágoas...
Ainda que eu lave meus calçados periodicamente, sinto que isso tudo se faz presente em mim. Ou melhor, sentia. Hoje posso dizer com toda a certeza, que mudei.
Não espero mais pelos outros, faço. Não dói mais aqui dentro lembrar você, passou. Penso sempre para o alto, e não mais com aquele pessimismo que contagiava o meu redor. Tiro mais coisas boas dos meus sofrimentos como antes. Parei de acreditar no amor como algo que me mantenha em pé, vejo como as amizades e famílias são ainda mais importantes agora. O vento brando que me mantinha sentindo a terra fofa, agora tornou-se forte, num furacão de sonhos que passaram a me empurrar para cima, para o voo.  Passei a acreditar na capacidade humana de negar toda e qualquer ciência que explique seu egoísmo, para mostrar que talvez o amor e a positividade seja mais forte do que qualquer instinto, pois isso é o que de fato nos faz bem.
Enfim, posso dizer que aquela garota aparentemente ingenua passou a não se importar com a presença de alguns daqueles grãos de areia...
















"Sonhei que as pessoas eram boas em um mundo de amor 
E acordei nesse mundo marginal.." ♪

Chimarruts - Dia Especial

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