31 de março de 2010

Apenas pensamentos

Observei duas cenas pela qual eu passo todos os dias da minha mais nova rotina. Crianças. Isso mesmo, crianças. Como são mágicas. Tão ingênuas, mas ao mesmo tempo tão entendidas, puras. Acabei de ler O Pequeno Príncipe, de uma leitura tão simples e fácil, mas de um significado magnífico. É difícil de entender, porém para aqueles que já possuem o pensamento de pessoa grande, ou a quem já se está se adaptando a ele, tipo eu. Minha linha de pensamento se baseia nos meus sonhos, mas estes não se realizarão assim, do azul, tenho que buscar algo antes, algo que os homens nos exigem. Poderei perder alguns anos com isso, e poderei sacrificar tanta felicidade para realizar. E paro para me perguntar as vezes, posso dispensar os melhores anos da minha vida, e posso não chegar ao final para viver o que almejo, ou posso conseguir viver esse ou aquele sonho e deixar os outros de lado por obrigação. São tantos os caminhos, rumos e sons a decidir que a gente se perde. Se perde sabe onde? Nos próprios pensamentos, tropeça nas idéias e acaba não as formulando perfeitamente, e eu tenho medo. Tenho medo de pensar muito e não ter tempo de viver o que quero, de não poder viver o que quero. Gostaria, de estar segurando um potinho com água e sabão se encantando com a simplicidade das bolinhas de sabão, como observei hoje. Ou brincando com as minhas mãos, que já lutam por aquilo que os homens querem... Não posso mais brincar. Não tenho tempo. Mas crio um sorrio quando vejo que há crianças que podem... Que logo serão como eu, sem mãos para brincar... "Também somos ricos das nossas misérias."   Tenho medo. Não quero ser pobre de felicidade, busco a resposta em quem sabe mais, pois enxergam apenas a pureza do detalhe. Busco o olhar das crianças, o tempo que não se volta pode me trazer respostas para os problemas de gente grande...

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